A “ponte” entre o fato e a notícia: O Repórter’

Em 365 dias do ano, nós míseros repórteres temos um dia voltado para nós, para nosso “cargo” dentro da profissão de jornalista. E esse dia é hoje, 16 de fevereiro. A hasstag em comemoração ao #diadoreporter, pela manhã já estava nos TT's BR. Nós repórteres temos que estar atentos a tudo e todos. Repórteres que cuidam de assuntos temáticos, de assuntos específicos... Repórteres do tempo, repórteres do esporte, repórteres voltados para o meio político, repórteres investigativos, ou repórteres voltados para a educação, cultura e sociedade, assuntos gerais... Enfim, os vários repórteres que são a ponte entre o fato e a notícia.
As coisas acontecem, nós descobrimos e/ou somos informados, vamos ao local e/ou atrás de testemunhas ou pessoas que possam falar sobre o assunto, nos informam e dão informações suficientes (assim espera-se), para que possamos escrever a matéria. Para que possamos desenvolvê-la e coloca-la no “papel” de forma imparcial para que você saiba não a verdade total, mas sim aquilo que se aproxima do real.
Para nós é satisfatório conseguir cobrir uma pauta, estar com todas as informações úteis que queríamos e precisávamos. Conseguir chegar à redação e escrever a matéria. Enviá-la para a correção e diagramação, vê-la no outro dia impressa no jornal. Ver as pessoas nas ruas, nas casas no café da manhã, nas empresas e lojas, na recepção de um hotel ou de um consultório, no ônibus as pessoas lendo aquilo que você escreveu. Ou então a família, o sr que está esperando para ir trabalhar ou está esperando para ir dormir e está diante da televisão para ver as notícias do dia da sua cidade, estado, país, mundo... Ver o rosto de satisfação do público alvo em estar bem informado e vê-los discutindo sobre tais assuntos... Isso é satisfatório para nós. Isso compensa a correria do dia-a-dia, de algumas noites mal dormidas, do mau humor de algumas pessoas ou até mesmo o nosso. Tudo é compensado.

Mas para você, o que é ser repórter?

“Ser repórter é poder manter as pessoas atualizadas, levar até elas as informações que não conseguem obter sozinhas. É prestar serviço à comunidade, é alertar as autoridades sobre problemas populacionais, é levar a informação até a casa de cada pessoa de um jeito simples e esclarecedor, com uma linguagem que todos compreendam. O sentimento do repórter é o de poder ajudar através da informação. Deixar as pessoas bem informadas é poder preveni-las de um congestionamento grande, de uma chuva que pode ocorrer no final de semana, ou sobre locais perigosos dentro da cidade. Acredito que o repórter contribui para a melhor qualidade de vida das pessoas, pois manter-se informado é ter conhecimento da realidade.”
Ana Paula Backes – Estudante de Jornalismo da Unisinos – Campo Bom

“Ser repórter é primeiro de tudo estar ciente de que sua profissão muda constantemente. Você sabe que durante o dia, todos os dias podem surgir pautas imprevistas, um assassinato, algo que vai mudar seu roteiro diário. Nenhum dia é como outro baseado em suas matérias. Isso é o que muda constantemente, pois o que continua igual é você estar de posse do bloco, da caneta e da câmera em mãos para cobrir aquilo que for necessário. É importante estar atendo ao que acontece ao seu redor e fora do seu alcance também, para que, se necessário for, você consiga alcançar. Além disso, é preciso ser esperto. Estar informado antes de a informação chegar, ou seja, você vai para sua pauta sabendo que vai adquirir informações, mas para isso é preciso, também, estar informado sobre o que se trata... Qual o tema da pauta para, caso for necessário, entrevistar com segurança e de forma objetiva. Mas é satisfatório poder fazer isso, ter uma rotina diária que muda constantemente de acordo com os acontecimentos do dia-a-dia. Isso é louco e ao mesmo tempo prazeroso. E por estar informado e informar as pessoas, estar nos bastidores dos acontecimentos é sim, algo único para quem vive isso, para quem é repórter e se orgulha da sua profissão que move o mundo com suas palavras.”
Darciane Moreira – Estudante de Jornalismo da Unisinos e Repórter JIH – Canela

“Para ser repórter, é preciso ter o dom e a capacidade de não apenas olhar, mas ver, enxergar. Ser capaz de dar um sentido mágico a temas comuns. É transformar algo ordinário em extraordinário. É entrar na vida, na alma de pessoas desconhecidas e conhecê-las melhor sem nenhum motivo aparente. É ter em mãos, informações que possam mudar a vida de uma sociedade toda ou apenas de uma família do interior. Ser repórter é, acima de tudo, um ato de assumir um compromisso para o resto da vida. Depois que esse amor tem início, não tem como voltar atrás.”
Letícia Rossa – Estudante de Jornalismo da Unisinos e Repórter JIH – Gramado.

Ser repórter é ter faro jornalístico, ser obstinado, estar ligado, suar a camisa para conseguir todas as informações a ele necessárias! Estar informado sobre o que está cobrindo!
Pedro Kessler – Estudante de Jornalismo da Unisinos e Repórter da Acessória de Imprensa da Brigada Militar – Porto Alegre.

E para os jornalistas/ repórteres, dedico duas orações. Para aqueles que preferem rezar a “Ave Maria” que é menor, dedico a seguinte oração:

“Obrigada Senhor por cada dia ser diferente do outro
Por conhecer várias pessoas e muitas histórias
Por viver o momento e não ficar esperando o tempo chegar

Obrigada Senhor por ter persistência
Por ser criativa
Por saber falar, e mais ainda, por saber escutar.

Obrigada Senhor por ser responsável
Escutar sempre os dois lados
E, fazer o que eu gosto
E, gostar do que eu faço!

Amém!”

Por: Fernanda Resende http://www.fernandaresende.com/

E para os jornalistas os repórteres mais dedicado, devoto e que não se importam de rezar o “Pai Nosso” que é maior, dedico a seguinte oração:

"Deus não deixe eu chegar atrasado à redação.
Que eu possa Senhor cumprir minha pauta,

conseguindo informações corretas e úteis, sem aparecer mais que o entrevistado.
Que eu consiga uma boa fotografia.
Que a câmera filmadora não falhe e o motorista esteja disponível.
Senhor tomara que a internet não saia do ar e que o meu editor não esteja de mau-humor.
Peço-lhe Senhor, muita paz e tranqüilidade durante a entrevista

e discernimento para fazer a matéria justa e bem elaborada.
Que o tempo seja suficiente para cumprir a outra pauta que me aguarda,

logo em seguida, do outro lado da cidade.
E que o meu trabalho contribua para diminuir a desigualdade social,

e ajude a melhorar a qualidade de vida do planeta.
Que eu entregue tudo a tempo e não sofra nenhuma agressão.
Ou pior, seja alvo de uma bala perdida, virando notícia.
Que a matéria seja simples sem ser simplista.
Que não seja prolixa e sim criativa.
Que eu não cometa nenhum erro de português, Senhor,

para não ser massacrado pelos colegas.
Principalmente Senhor, que eu não caia no pescoção...
Que possa pagar minhas contas com esse salário e que nenhum jabá me seduza.
E, finalmente, meu Deus,

Me ajude para que eu possa entregar tudo revisado e no prazo do dead line. Assim seja!
Amém!”

E que assim seja, feliz dia do repórter aos estudantes de jornalismo, aos focas, aos estagiários, aos profissionais e aos pioneiros. Que possamos sempre estar bem informados para poder continuar informando e que assim seja, de forma digna e ética, agindo sempre de forma imparcial.

#FelizDiaDoRepórter’