sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

"Por Enquanto" ♫

A música começou numa boa, embalando todo mundo, mas não durou muito. “Mudaram as estações E nada mudou Mas eu sei Que alguma coisa aconteceu Está tudo assim tão diferente... Se lembra quando a gente Chegou um dia a acreditar Que tudo era prá sempre Sem saber Que o pra sempre Sempre acaba... De novo” E aí Sandy e banda parara de cantar e tocar e a platéia continuou. Hahaha... “tem que parar se não vai ficar gastando muito aqui”, disse a Sandy. Deu algum problema nos bastidores, algo que não ficamos sabendo o que era. “Adorei o coro, continuem assim”, falou ela para nós, platéia. “Tá pronto aí?”, perguntou Sandy para a produção na coxia. “Essa é uma música muito bacana que me lembra uma fase, assim, da minha juventude... Quer dizer, como se eu fosse muito velha agora, mas da minha adolescência, digamos assim, né? Vamos lá!” E agora, pra valer, começou...


Mudaram as estações
E nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente ♪

Se lembra quando a gente
Chegou um dia a acreditar
Que tudo era prá sempre
Sem saber
Que o pra sempre
Sempre acaba ♫

Mas nada vai conseguir mudar
O que ficou
Quando penso em alguém só penso em você
E aí, então, estamos bem ♪

Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora
Tanto faz
Estamos indo de volta pra casa ♫

Mudaram as estações
E nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente ♪

Se lembra quando a gente
Chegou um dia a acreditar
Que tudo era prá sempre
Sem saber
Que o pra sempre
Sempre acaba ♫

Mas nada vai conseguir mudar
O que ficou
Quando penso em alguém só penso em você
E aí, então, estamos bem ♪

Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora
Tanto faz
Estamos indo de volta pra casa ♫

Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora
Tanto faz
Estamos indo de volta ♪

Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora
Tanto faz
Estamos indo de volta pra casa ♫

Eu sempre adorei essa música. É claro que eu a conheci na época que a mesma era interpretada por Cássia Eller e adorei vê-la, desde o show em PoA, ser cantada por Sandy. Nessa noite de gravação, assim como falou antes de iniciar novamente a música, Sandy pediu que seguíssemos no coro, pois ela estava adorando. Certa hora ela até lembrou-se do “pessoal de cima”, os que estavam nas frisas e no trecho “mas nada vai conseguir mudar, o que ficou” ela olhou pra eles e deu tchauzinho. Além disso, em algumas partes da música, como “Nem desistir, nem tentar agora” apenas com um sinal do microfone apontado para nós, platéia, ela pediu que seguíssemos cantando. O arranjo novo para essa música, não a fez perder a essência, mas deu um significado a mais pra ela, a meu ver. Pra mim, o significado dessa música, agora, na carreira da Sandy, é outro. Alguns poucos anos passaram, mas nada mudou totalmente. Ela e Junior podem não estar mais juntos como dupla, mas continuam juntos, mais do que nunca, como família, irmãos, um ajudando o outro. Compartilhando com o outro. Alguma coisa aconteceu, claro. Aliás, várias coisas aconteceram. As coisas já não são mais como antes e assim como as coisas mudaram na vida da Sandy e da família, tanto na vida pessoal como profissional, mudou também para os fãs. Alguns, assim como eu (mesmo), continuaram fieis, outros ficaram na época da dupla sem migrar para a fase atual de Sandy e do Junior, e outros novos surgiram. De repente, tanto Sandy quanto o Junior, acreditaram que tudo era pra sempre, que eles sempre seriam a dupla Sandy & Junior para sempre e assim seguiriam até o fim... Mas na verdade isso acabou. A dupla será para sempre eterna, digo, o nome Sandy e Junior. Poxa, eles fizeram história na cena musical e ninguém pode negar isso. Algumas coisas mudaram, mas outras permaneceram “iguais”. Eles vão continuar fazendo história, mas agora cada um seguindo a sua vertente. E assim já está acontecendo. Vocês acham que foi só no primeiro programa de TV, onde Sandy lançou o CD Manuscrito que ela sentiu falta do Junior dividindo o palco com ela? Vocês acham que foi só no primeiro show solo de lançamento da Tour Manuscrito que ela sentiu falta do irmão cantando junto dela no palco? Vocês acham isso tudo mesmo? Não, eu aposto que essa falta permanece em cada programa, cada show. Mas não com a dor é que Sandy sente falta do Junior, mas como uma lembrança boa de um tempo, ou melhor, de anos que eles dividiram tudo profissionalmente, juntos. E então é assim que eu imagino que ela se sente quando entra no palco. É dele que ela lembra e se dá conta de que de qualquer jeito ele tá ali com ela, apoiando de fora, assistindo-a de fora, trabalhando com ela de fora, mas tá ali com ela, no coração, mente e alma, sangue e punho esquerdo (&). E aí, então, tudo fica bem. Eles poderiam ter deixado tudo como está, afinal de contas, eles sempre fizeram sucesso e certamente continuariam, mas como para eles, o que importa é estar bem e se sentir feliz, trabalhar só para ganhar dinheiro e ter fama não valia à pena. Eles podiam ter deixado tudo como estava, não precisavam desistir de nada, talvez nem tentar algo novo, mas foi o que fizeram. Desistiram da dupla profissionalmente, largaram não a história que construíram como Sandy & Junior, mas o que poderia vir a seguir assim como estavam? Eles resolveram tentar outras coisas, cada um ao seu gosto, ao seu tempo, da forma como cada um queria, individualmente. A partir daí, como Sandy (Leah) e Junior Lima. E agora, pra nós fãs, tanto faz... Eles estão de volta à ativa, sempre tiveram, mesmo com o término da dupla, afinal de contas, a gente os manteve vivos, ou melhor, a dupla viva, na alma e no som de cada um. E agora com tantos projetos pelos quais Sandy e o próprio Junior passaram, eles estão numa fase onde se satisfazem como artistas e profissionais, como alegram e mantém aceso em nós, essa coisinha que é ser fã, aquela emoção de gostar e aplaudir esse sucesso. E assim, todos voltam satisfeitos pra casa.
“Obrigada, gente”, disse Sandy voltando para sua cadeira, largando a panderola na mesinha ao lado. “Que noite boa, hein? Ai, ai”, disse acomodando-se. 

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