Na realidade, não sei o que fazer'

Já decidi várias vezes tocar em frente, a virar essa página mal escrita onde não haverá um fim porque não houve um começo, mas a verdade é que, todas as "aparições" despertam em mim um pouco mais, do que foi despertado ontem. E ai eu penso: "tem como não amar alguém assim?".

É quase um desperdício pensar que há tantas coisas que ainda podem ser vividas, tantas coisas que podem acontecer e podemos compartilhar um com o outro, ou então, criar junto, fazer acontecer junto. Aquela vontade de ver a realização nos olhos do outro e sentir orgulho dessa pessoa. Sorrir, abraçar, se emocionar... Talvez até discutir pra poder fazer as pazes e deixar as coisas um pouco mais ardentes. Penso que seria muito ruim desperdiçar tudo isso. E com certeza será.

Mas sabe, cabeça e coração não raciocinam na mesma frequência. Um é movido por informação e o outro por afeição. Um julga o que é certo e o que é errado e o outro insiste em ser sempre a vitima, se torturando. Não que o primeiro seja 100% correto e pessimista, mas o segundo tem uma positividade, ou melhor, uma crença no amor que me instiga a não desistir, a esperar. Esperar mais um pouco. Afinal, o que é mais um pouco para quem já espera há tantos anos?

Ok. Eu não me importo de esperar, mas eu gostaria de seguir o conselho do quase 100% correto e visionário, e ter ao menos, algum vestígio de certeza. Só para não me sentir ingrata por talvez, não ter tentado, por não ter acreditado mais um pouco e perder, quem sabe, a chance de poder dizer “poxa, valeu a pena esperar”. Até porque, eu acredito na tese de que “se não foi é porque não era pra acontecer, não era o momento certo” indo mais além e acreditando que “a hora certa” vai chegar.

Às vezes eu penso em ser a chata e dizer “e ai?”. Ou, como diz meu amigo “tu é o homem dessa relação, é tu que passa a segurança e ao mesmo tempo tem a cabeça no lugar”. Ao menos eu tenho um cabrito pra “ouvir” meus dilemas e me aconselhar. Mas juro... É sério! Coisa que eu não faço, mas juro que eu queria saber o que se passa na cabeça e coração do outro lado dessa história.

Sei lá. Pode não parecer, mas gosto de dar satisfações a quem interessa tal assunto e não gosto de deixar o “dito pelo não dito”. Sei que já, já eu vou me obrigar a ver qual vai ser e ai veremos como vou me sentir. De algum jeito, vou ter que seguir em frente, mas espero sinceramente, que alguém embarque comigo numa história e que eu não tenha que caminhar mais um tempo sozinha até encontrar outro alguém que possa estar ao meu lado.