Janeiro, Fevereiro, Março, Abril e Maio correndo, Canela e Gramado, atrás de emprego. E finalmente consegui. Em uma quinta-feira deixei o currículo na Twin Cópias e Impressos Digitais, no Jornal de Gramado e no Jornal Integração em Canela. Cheguei em casa PODRE de cansada. Na tarde de sexta-feira, o dono da Twin me ligou para fazer algumas poucas perguntas e marcar uma entrevista. Na segunda-feira fui até a Twin, fiz a entrevista e fui contratada para um mês de teste. Caso desse certo esse um mês, estaria contratada definitivamente. Comecei a trabalhar no dia 4 de Maio. Estava trabalhando a três dias na Twin, quando cheguei em casa após o trabalho e minha mãe contou-me que o dono do Jornal Integração havia me ligado para marcar uma entrevista de emprego. Fiz a entrevista, falei com o Cláudio dono do jornal, ficamos combinados então que eu cumpriria um mês de experiência que havia combinado com o João, dono da Twin e meu atual patrão naquele momento, mas caso eu quisesse trabalhar no jornal, avisá-lo-ia para que ele pudesse contratar outra pessoa para trabalhar em meu lugar. Após um mês na Twin, era para eu entrar em contato com o Cláudio para que combinássemos uma data para eu começar a trabalhar no jornal, a principio na recepção, pois a Manu (@manu_zini), recepcionista do jornal, iria passar para o setor financeiro do jornal. Ok, não era diretamente como jornalista, mas eu já estaria no meio né?! Cumpri meu um mês na Twin dia 4 de Junho – e diga-se um bom mês, a pesar dos tristes pesares. Foi um mês cansativo em que eu levantava antes das 6:00am, tomava café, me encapotava, pois era inverno, ia para a Rodoviária de Canela, pegava o ônibus para Gramado, caminhava até a Twin, algumas vezes chegava ensopada*, ia para a minha sala gelada trabalhava a manhã toda fazendo ligações e cobrando o povo, no horário de almoço ia para a casa do meu irmão que ficava bem pertinho da Twin, almoçava, me esquentava, descansava e/ou jogava vídeo game e voltava a trabalhar. Trabalhava a tarde toda fazendo mais ligações, cobrando o povo, recebendo pagamento do povo, emitindo notas, indo ao banco... Saia da Twin as 6:15pm, ia até a Rodoviária, pegava o ônibus, chegava em Canela na Rodoviária, meu pai estava me esperando para me levar para casa, chegava, jantava, tomava banho e ia dormir. Isso tudo nas segundas-feiras, quartas, quintas e sextas-feiras, pois nas terças-feiras era dia de ir para a Unisinos onde eu estava no meu primeiro semestre de faculdade, cursando jornalismo, fazendo a cadeira de Introdução ao Jornalismo com o professor Eduardo Veras o qual trabalhou em torno de 20 anos como repórter na Zero Hora. Eu saía da Twin as 4:30pm, passava em uma padaria, comprava algo pra comer e ia até a parada onde eu ficava esperando para pegar a van para ir para a Unisinos. Cheia de coisas. Maior dificuldade para entrar na van. Ia dormindo até a Unisinos e, quando possível, voltava dormindo também. Chegava em Canela quase meia noite. Chegava em casa, e ia dormir e no outro dia era tudo de novo. Passou um mês, me despedi do pessoal da Twin, Fernanda, Arthur, Adriana, Guilherme, Niçara, em um almoço (salshipão) na casa da Adri. À tarde levei lanche para a galera. Bolo esponja com cobertura de brigadeiro. Estava ótimo. E no final do dia a despedida e a promessa de voltar visitar sempre que possível. Mas uma coisa eu gostei de ouvir. Um dia antes, dei me despedi do meu patrão, o João, e ele disse que se caso não desse certo no jornal, eu poderia voltar. Sinal de que, se eu ficasse ali, eu seria admitida definitivamente.. Ele havia me dado a maior força mesmo, para ir para o jornal, afinal tem a ver com a faculdade que faço, enquanto trabalhar com finanças não tinha em nada a ver com o meu curso. Três dias depois entrei em contato com o Cláudio do jornal. Ele havia esquecido que tinha me prometido o emprego. Fiquei sem mencionar nada na sala onde eu estava conversando com o Cláudio e a esposa dele. Até que ele perguntou para a esposa dele se a Manu ia mesmo passar para o financeiro e ela disse que não. A Manu iria continuar na recepção e apenas auxiliar o financeiro quando necessário. Fiquei apavorada. Pensei: “sai de um emprego que estava certo para vir para um que estava prometido a se cumprir e agora não serei mais empregada?”... Ninguém falava nada até que o Cláudio disse que havia me prometido o emprego e ele ia me dar. Mas não o da Manu. Eu iria, segundo ele, trabalhar na redação junto com os já jornalistas que trabalhavam na redação de Canela. Disse para eu ir para casa eu ligar para ele no dia 18 de Junho para saber quando eu ia começar. Aproveitei aqueles dias para estudar, afinal, o final do semestre se aproximava, viajei, passeei... E no dia 18, liguei para o Cláudio e ele disse que dia 21 de Junho, segunda-feira, eu poderia ir à redação as 8:00am e começar a trabalhar. Aproveitei meu último final de semana totalmente de folga para descansar e organizar algumas coisas. Estava lá na segunda-feira, às 8:00. Fiquei uma hora sentada esperando ele concluir a reunião com seus vendedores de anúncios. Ele saiu da sala de reunião, me apresentou para o pessoal da redação e financeiro e me fez ler os três jornais do Integração. Jornal Integração das Hortênsias, Jornal Integração dos Campos de cima da Serra e Jornal Integração do Paranhana. Passei a manhã toda em uma cadeira lendo jornal. Fui pra casa almoçar e a tarde estava de volta. Criei um e-mail para mim para usar no jornal e fiquei a tarde toda lendo. Às 5:00pm, o editor chefe do jornal, o Rafael, disse que eu podia ir pra casa, pois não teria nada para eu fazer. Segunda-feira é dia de fechamento do jornal, então estava todo mundo na correria. Foram dias tranqüilos. Na quarta-feira, pela manhã, fiz minha primeira matéria para o jornal. Foi na Biblioteca Pública de Canela e foi página inteira. Na quinta-feira, fiz umas fotos do Festival Internacional de Bonecos de Canela e sai com o Rafael para fazer uma pauta de uma votação que tava rolando na cidade. Na sexta-feira, quando peguei o jornal eu pude ver, não só a matéria da votação e da Biblioteca Pública de Canela em página inteira como a foto de capa do jornal, que era uma foto minha, que eu tirei. Fiquei mega feliz. E assim foi e estou no jornal há seis meses.
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